Governadores terão que esperar a próxima semana para questionar nova distribuição dos royalties no STF
Karine Melo
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
O problema é que o resultado da votação que rejeitou o veto da presidenta Dilma Roussef à nova regra ainda não foi publicado no Diário do Congresso Nacional. Sem essa publicação, a presidenta não pode promulgar a nova lei e consequentemente os governadores não podem entrar com a ação direta de inconstitucionalidade (Adin) para tentar anular os efeitos da norma.
Foto: RICARDO STUCKERT/PR |
Depois de publicada no Diário do Congresso Nacional, a presidenta Dilma Rousseff terá 48 horas para promulgar o resultado. Assim que isso ocorrer os governadores do estados produtores, pretendem entrar com uma Adin no Supremo questionando as mudanças.
Pelo texto original aprovado pelo Congresso, a União tem sua fatia nos royalties reduzida de 30% para 20%. Os estados produtores terão redução de 26,25% para 20%. Os municípios confrontantes (que fazem divisa com os produtores) sofrerão a seguinte redução: de 26,25% passam para 17% e chegam a 4% em 2020. Os municípios afetados pela exploração de petróleo também sofrerão cortes: de 8,75% para 2%. Em contrapartida, o percentual a ser recebido pelos estados e municípios não produtores saltará de 8,75% para 40%.
O projeto aprovado pelo Congresso prevê ainda a redistribuição da participação especial. Nesse caso, a União, mais uma vez, perderá parte de seus recursos. Os 50% a que tem direito hoje passarão a ser 42%. A partir daí, com a expectativa de aumento das receitas, a União voltará a ter a alíquota ampliada ano a ano.
Edição: Juliana Andrade
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário