sexta-feira, abril 21, 2006

Entrevista
Um estreante na sétima arte

Pernambucano de São Lourenço da Mata, mas especificamente de uma usina de cana-de-açúcar chamada Tiúma, no interior do estado, João Falcão deu início à sua trajetória no teatro e posteriormente aderiu a outras vertentes culturais. Trabalhou como diretor e roteirista de algumas minisséries para TV, entre elas A Comédia da Vida Privada, Sexo Frágil e o Auto da Compadecida, dirigiu o musical Cambaio – onde trabalhou com Chico Buarque -, como co-roteirista em filmes como Lisbela e o Prisioneiro e O Coronel e o Lobisomem.

Falcão conversou com o repórter André Sato (Folha Universitária) e comentou sobre o acesso restrito à cultura no Brasil, a escassez de salas de teatro e cinema, sua experiência em TV e a paixão pela sétima arte. Ainda envolto pela repercussão de seu primeiro longa-metragem A Máquina - adaptação do livro de sua esposa, Adriana Falção – Ele relata o porque do formato do filme - com forte tom teatral -, como foi trabalhar com Paulo Autran, futuros projetos e sobre a ótica do diretor no que tange a película.


André Sato - Como foi trabalhar com a Comédia da Vida Privada, porque ela deixou de ser realizada?

João Falcão - Nós fizemos três anos de série, foi um tempo razoável, era muito trabalhoso, demandava muito cuidado, nós filmávamos um episódio em dez, doze dias, um episódio de sessenta minutos, o texto era muito trabalhado, eu acho que nós fizemos a “Comédia” durante um bom tempo, foi legal!
André Sato - E que você achou da recepção do público?

João Falcão -
A “Comédia da vida privada” foi uma das coisas que eu mais gostei de fazer, foi meu grande exercício de direção e texto.

André Sato - Você como uma pessoa que já caminhou por diferentes vertentes culturais, ou seja, TV, teatro, cinema, quais são as dificuldades, há uma que possa ser citada como a mais difícil?
João Falcão - Cada uma tem suas dificuldades, a convivência imposta pelo teatro, o fato de ensaiar diariamente e depois de a peça estrear, você ter que conviver com aquelas pessoas demanda harmonia. Compartilhar ideais e estilos de vida fazem com aquilo se torne uma família e isso é uma coisa complicada, assim como passar por vetos, fracassos, críticas, principalmente quando a peça faz sucesso e fica bastante tempo em cartaz, a convivência humana é a maior dificuldade e o maior trunfo
A TV é a mesma coisa, você convive muito tempo com pessoas, mas eu não tenho uma prática com TV, digamos assim mais industrial, o que eu fiz foram coisas muito pequenas, minisséries. Eu acho que a maior dificuldade é essa rapidez, você tem que fazer rapidamente algo destinado a muita gente, principalmente TV aberta, equilibrar qualidade com um ritmo muito intenso, é difícil. No que diz respeito a cinema, eu acho que a maior dificuldade é você conseguir levantar verba para fazer um filme, é muito caro, não que nos outros países seja barato, mas é que no Brasil há poucas salas, pouco retorno.

André Sato – No Brasil o acesso à cultura é muito restrito, sobretudo no tocante ao teatro, pois se trata de algo extremamente segmentado a um pequeno nicho, não deveria haver um processo de “democratização cultural”?

João Falcão - Eu acho que cada vez mais os teatros se limitam aos shoppings e para um público muito pequeno e elitista, mas a cultura em geral no Brasil é assim, especialmente o teatro. O teatro popular praticamente não existe mais.

André Sato - O que é contraditório, se tomarmos como exemplo a Grécia Antiga, onde o teatro era considerado parte da educação do povo.

João Falcão - É que não dá para nós negarmos a evolução dos tempos nos meio de comunicação, hoje em dia, o veículo que é destinado à massa é a televisão, impossível ignorar isso! Se você faz algo na TV, ela é vista por 40 milhões de pessoas, enquanto com dois anos de uma peça de teatro você atinge 100 mil pessoas.
Deveria haver mais salas, porém o que acontece é o contrário, a cada dia as salas vão fechando e os teatros alternativos estão em situação cada vez mais difícil.

André Sato - O custo relativamente alto, associado a outras dificuldades contribuem para essa escassez?

João Falcão - Sim, porque você tem a pessoas ali, a cada sessão a pessoa está ali ao vivo, tem técnicos trabalhando nos bastidores, uma iluminação que é cara. São pessoas que estão fazendo algo para emocionar, não é uma coisa gravada, cada sessão é especial.
André Sato - Após a Comédia da Vida Privada você dirigiu o “Cambaio”, como foi experiência de trabalhar com Chico Buarque neste musical?
João Falcão - Eu sempre fui fã da obra do Chico, desde a época de colégio, então quando ele me chamou pra trabalhar com ele, foi emocionante. Eu imaginava uma situação e ele a musicava, foi muito importante para mim.
André Sato - No que diz respeito à A Máquina, é possível perceber um forte tom teatral durante o filme, semelhante à minissérie Hoje é dia de Maria, como surgiu a idéia de construir a trama neste molde?

João Falcão – A história é muito fantasiosa, muito fantástica, todo o texto foge do realismo, nós achamos que se construíssemos uma cidadezinha dentro do estúdio e trabalhasse com uma coisa assumidamente fantasiosa e artificial, nós ganharíamos mais, estaria de acordo com o tom do texto.
André Sato - Foram apenas duas tomadas externas?
João Falcão - Eu acho que tem o mar...
André Sato – E aquela em que o protagonista pega o carro é em estúdio?
João Falcão - Aquilo não, ia ser no estúdio, estava tudo pronto, mas nós resolvemos fazer em um lugar aqui perto, no Rio de Janeiro, porém, tentamos esconder o máximo de elementos realistas.
André Sato - “Nordestina” (cidade fictícia onde se passa a trama) tem alguma relação com a sua cidade natal?

João Falcão – Muita, acho que veio daí toda a idéia. Foi uma relação não só com a minha cidade, mas com muitas outras cidades que estão fora desse eixo produtor de cultura, que é Rio – São Paulo e que só vêem o mundo pela TV.

André Sato - Você é de São Lourenço da Mata?
João Falcão - Sim, mas na verdade eu nasci em um lugar chamado Usina Tiúma, era uma usina de cana-de-açúcar, por incrível que pareça, apesar de ser uma cidade pobre, tinha um cinema.
Naquela época ainda havia cinema nestas localidades, hoje em dia 92% dos municípios brasileiros não tem sala de cinema, bons filmes que eu vi foram nesta época.
André Sato - Qual o cinema que você gosta e que te influenciou?
João Falcão - Eu gosto muito de cinema, tem época em que eu escolho um cineasta e vejo toda sua obra, recentemente vi tudo de Vim Wenders e Federico Fellini, entre os mais modernos, eu gosto muito de Baz Lhurmann e também de Steven Spielberg, em sua fase mais “jovem”. Entre os brasileiros, eu gosto muito de Fernando Meirelles.

André Sato - A atual cena cinematográfica nacional, em seu modo de ver, chegou para ficar?
João Falcão - Eu acho que nós estamos aprendendo, estamos caminhando, dando cabeçada aqui e ali, mas estamos indo, são cabeçadas necessárias. Nós estamos percebendo o público que podemos ter e o público está descobrindo um cinema que ele pode gostar.
Com muito trabalho e uma dose de humildade, acho que nós conseguiremos fazer um cinema interessante, particular eacessível.

André Sato - Após você ver a adaptação do livro de sua esposa concluída em película, suas expectativas foram supridas?

João Falcão - Eu acho que se você não puxar o diretor e falar: “Acabou!Você não pode mexer em mais nada!”, ele vai passar o resto da vida mexendo nesse filme. Eu assisti o filme várias vezes em pré-estréias e cada vez eu via coisas que eu poderia ter feito melhor ou diferente, acho que vai ser sempre assim. Na minha opinião nós conseguimos fazer um filme bem interessante, corajoso, diferente, com bons desempenhos e uma linguagem acessível, fiquei satifeito.

André Sato - Como surgiu a idéia de colocar como o protagonista 50 anos mais velho, um ícone do teatro brasileiro, Paulo Autran?

João Falcão - Sua pergunta já responde, o Paulo é foda! Paulo Autran é uma unanimidade, o tempo passa e ele fica cada vez melhor. Eu tive a sorte de conhecê-lo em uma peça que fiz há alguns anos atrás que ele gostou muito, depois dessa, ele foi ver todas as minhas peças e nós nos tornamos amigos. A primeira pessoa que passou pela minha cabeça para fazer este personagem foi ele e quando eu o chamei, ele topou.

André Sato - Mas teve alguma persistência de sua parte?

João Falcão - Não, ele topou logo e isso foi bom porque eu pude continuar escrevendo pensando nele. A única condição que ele impôs foi que ele só participaria do filme se eu fizesse uma peça com ele.

André Sato - Então este será o seu próximo projeto?
João Falcão - Exatamente, vou fazer “O Avarento” com Paulo Autran.
André Sato - Tem alguma data prevista?
João Falcão - Acho que estreamos entre agosto e setembro.
André Sato - Há alguém no nosso país que deveria viajar 50 anos rumo ao futuro e retornar para nos contar como estará o Brasil?
João Falcão - Após alguns segundos pensativo...O próprio Paulo Autran, mas pensando em alguém sem relação com o filme, talvez Jurandir Freire Costa (escritor e psicanalista pernambucano).
André Sato - E em se tratando da cena política, quem poderia ir até o futuro e voltar para tentar nos ajudar, como fez o protagonista de A Máquina?

João Falcão - Na política está difícil, muuuito difícil! Esta pessoa deve existir, mas eu não a conheço!

Sinopse

Em Nordestina, cidadezinha perdida no sertão, "Karina da rua de baixo" (Mariana Ximenes) sonha em ser atriz e partir para o mundo. Antes que seu amor lhe escape, "Antônio de Dona Nazaré" (Gustavo Falcão) adianta-se numa cruzada kamikaze para trazer o mundo até Karina. Uma história em que os sonhos contradizem a realidade, as condições geográficas e políticas ameaçam conter a vida, e o amor desempenha o papel de elemento transformador. Com Mariana Ximenes, Paulo Autran, Wagner Moura, Lázaro Ramos e Vladimir Brichta.

quinta-feira, abril 20, 2006



A velha senhora pede socorro
l
Billings padece e comemora seus 81 anos de existência da pior maneira possível
André Sato
Que a água tem tornado escassa no mundo de hoje e que, num futuro próximo, poderá ser a mais valiosa commodity (matéria-prima), não há dúvida! Considerando estas informações, o que se espera da população global, desde autoridades até cidadãos? O mínimo é que zelem por esse importante recurso. Porém, o que se nota é justamente o contrário. Um exemplo clássico e que está bem próximo do campo de visão, tanto dos munícipes, quanto dos governantes das cidades da maior região metropolitana brasileira, é a Represa Billings, que recentemente completou 81 anos de existência.

Conforme definido no Art. 2º da Lei Estadual 9866/97, entre os objetivos das normas estabelecidas especificamente para a Billings, estão: preservar e recuperar este importante manancial regional, de interesse metropolitano; compatibilizar as ações de preservação dos mananciais de abastecimento e as de proteção ao meio ambiente como o uso e ocupação do solo e o desenvolvimento socioeconômico; integrar os programas e políticas setoriais à preservação do meio ambiente.

De acordo com o Relatório de Impactos Ambientais Billings 2006 – elaborado por uma parceria entre as ONGs Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (PROAM) e Serviço Aéreo e Terrestre de Salvamento e Proteção Ecológica (SATS), nada disso vem sendo cumprido. A represa diminuiu cerca de 20 Km² e caso não sejam tomadas medidas imediatas, o abastecimento hídrico do Grande ABCD e de regiões paulistanas estará comprometido. Entre as causas desta constatação estão as ocupações irregulares, o assoreamento, a degradação de encostas e, possivelmente, o processo de revitalização do Rio Pinheiros por meio do processo de flotação e o trecho sul do Rodoanel.

No início da década de 20, em razão de uma crise no abastecimento de energia elétrica na Capital, a empresa canadense Light iniciou estudos sobre a construção de uma hidrelétrica que aproveitasse águas da bacia do planalto, lançando-as sobre um desnível, rumo à Serra do Mar para acionar turbinas de geração de energia elétrica. O local escolhido foi o Vale do Rio das Pedras, próximo à Vila de Paranapiacaba. As obras começaram em 1925. Após a execução da obra, águas de inúmeros rios situados em planalto foram conduzidas para formar uma represa. A princípio era chamada de represa do Rio Grande e, posteriormente, Billings. Por meio de canais e túneis, essas águas eram direcionadas a sete grandes cilindros que acionavam as turbinas da Usina de Cubatão (Henry Borden), em uma queda de 713 metros rumo ao nível do mar.

Na década de 30, o espelho d’água do reservatório, segundo a empresa de energia canadense, compreendia 127 km², atualmente, conforme dados atuais do Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE) houve uma redução para pouco mais de 100 km². “O primeiro passo contra a degradação é proteger o que restam das áreas de mananciais, prioritariamente as áreas de cabeceira, onde ficam os campos naturais da Serra do Mar, onde há a produção de água do reservatório”, relatou Carlos Alberto Bocuhy, conselheiro do Conselho Estadual do Meio Ambiente (CONSEMA) e presidente da ONG PROAM.

Muitos trechos no entorno do reservatório já estão densamente habitados, chegando a beirar a linha d’água. As ocupações irregulares e invasões clandestinas são incontáveis, há toda uma infra-estrutura instalada ao redor da represa. “Se a Billings for considerada um manancial de água, o governo está atrasado no que diz respeito ao tratamento dos esgotos das áreas que circundam o reservatório”, frisou Hermínio Costa, presidente do SATS.

Provavelmente, caso não haja medidas de contenção, pode haver uma queda na qualidade de vida da população local, por exemplo, uma água de pior qualidade, que exige um tratamento mais caro, sem contar o racionamento. “O braço do Rio Grande, onde captamos a água para tratamento, é totalmente isolado da Billings por uma compartimentação, justamente por ser uma água para abastecimento e nós estamos com uma capacidade hídrica muito boa, o fato de ter havido uma diminuição no volume de água não compromete”, contestou Saullo Angelinno, gerente da Estação de Tratamento de Água Rio Grande, da SABESP.

Contudo, segundo o conselheiro do CONSEMA, cabe um esclarecimento com relação à divisão entre a Billings e o braço Rio Grande, citada por Angellino, da SABESP: “quando a Billings começou a receber grande quantidade de esgoto do Rio Tietê, por meio do Rio Pinheiros, foi feito barramento no braço Rio Grande, separando-o do corpo principal da represa. Mas, o braço do Rio Grande é o canal principal da Billings, só que é compartimentado, isto é, a produção deste braço é retirada para abastecer o Grande ABCD e, quando está cheio, a água vai para o corpo principal”.
Rodoanel

Que o projeto do Rodoanel tem uma proposta muito interessante e conveniente a todos os cidadãos paulistanos, isto é indiscutível. Quem não gostaria de transitar pelas Marginais com trânsito fluente? Desafogar o fluxo de veículos da cidade, sobretudo o denominado trânsito de passagem, ou seja ônibus, caminhões e veículos que rumam para outras regiões. Essa é a premissa básica do projeto. É um empreendimento de relevância nacional, pois facilitará o fluxo de cargas que seguem para países do Mercosul, Porto de Santos e também os deslocamentos de cargas entre o Norte e o Sul do País. Quando finalizado, a estrutura interligará dez importantes eixos rodoviários que conectam a Região Metropolitana com o interior e o litoral do Estado e capitais brasileiras.

O Rodoanel seria uma obra de viabilidade indiscutível, se não fossem alguns aspectos negativos da construção no tocante ao meio ambiente. “O primeiro impacto é a obra física em si: ela causa um impacto de construção, ela rasga os mananciais”, disse Bocuhy. O trecho sul da rodovia corta áreas de mananciais nas represas Billings e Guarapiranga, segundo documento aprovado pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (CONSEMA), estas áreas receberão 2,3 milhões de pessoas nos próximos anos, proporcionando uma ocupação totalmente desordenada. “Outro fator negativo é o Rodoanel, não como obra, mas como elemento de indução à ocupação do reservatório, não só a ocupação legal, como novos empreendimentos, galpões industriais, como a ilegal, que acaba vindo em conseqüência desse boom imobiliário”, frisou Bocuhy.

Já o presidente do SATS atentou para a questão do desmatamento e poluição na região. “Eles vão desmatar centenas de hectares de Mata Atlântica, vão colocar quilômetros de rodovia sobre a água. Será que eles conseguiriam evitar um acidente com veículos que transportem produtos químicos?”, questionou Costa.

A revitalização do Pinheiros

Com seus 23 quilômetros de extensão e o pouco escoamento de córregos e nascentes, o Rio Pinheiros possui uma vazão muito pequena (10 m³ por segundo). Somando a isso, o grande volume de esgoto lançado por residências faz com que uma enorme quantidade de detritos se acumule em todo seu curso. Entre as possibilidades de revitalização do Rio Pinheiros, uma já está sendo executada. Trata-se da despoluição do Rio Tietê, que conseqüentemente beneficia o Pinheiros.

A segunda, mais polêmica, diz respeito ao processo de flotação, que bombearia a água “despoluída” do Pinheiros para a Billings que, como já foi dito acima no texto, abastece boa parte do Grande ABCD e de bairros da zona Sul paulistana. O processo de tratamento da água por meio da flotação consiste na aplicação de substância químicas que aglutinam os poluentes. Após serem misturados a bolhas de oxigênio, esses flocos vão à superfície, onde equipamentos especiais fariam a drenagem do material flutuante.

Uma das motivações para a implantação do projeto é que uma maior quantidade de água enviada para a Billings ocasionaria um aumento na geração de energia na Usina Henry Borden, em Cubatão. “Com esse sistema de tratamento, nós passaríamos a bombear um maior volume de água em regime permanente para a Billings, respeitando todos os preceitos legais e, com isso, conseguiríamos gerar mais energia que seria vendida e pagaria o tratamento da água”, disse Antônio Bolognesi, diretor de Geração da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE).

Atualmente, o processo de flotação está parado por determinação judicial impetrada pelo Ministério Público, no qual foi exigido um Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA). Outro fator que justifica a inércia relacionada ao projeto é o debate entre o Ministério Público e investidores (Petrobrás e EMAE), sobre a verba para a conclusão do processo de flotação em fase experimental. “Há uma questão polêmica sobre a represa Billings. São técnicos que se dizem especialistas em qualidade de água, que por ciúmes ou vaidade, ficam criticando o projeto, sem contar interesses econômicos e políticos”, ressaltou Bolognesi. O presidente do PROAM divergiu. “É uma ação que a médio e longo prazo sacrifica a Billings como reservatório de abastecimento”, concluiu Bocuhy.

Enquanto governo, investidores e ambientalistas continuam a debater e contrapor seus pontos de vista, a represa Billings padece e comemora seus 81 anos de existência da pior maneira possível.
  • A agricultura é responsável por 70% do consumo de água mundial, porém com uma eficiência de 30% a 40%;
  • 92% da água disponível são consumidos pela atividade econômica e 8% para abastecimento;
  • 3% é o porcentual de água apropriada para o consumo humano, entretanto, 0,063% estão na superfície;
  • 5 milhões de pessoas morrem anualmente por consumirem água poluída e 1,2 bilhão de pessoas não têm acesso permanente à água potável.
Fonte da Pesquisa: ONU (Organizações das Nações Unidas)

terça-feira, abril 18, 2006

Spot:
Prefeito recebe nesta quarta-feira 19 documento oficial de instalação da Base de Gás

Durante a comemoração do aniversário de 149 anos de Caraguatatuba, um dos grandes presentes para a cidade é a entrega do documento que oficializa a instalação da Unidade de Tratamento de Gás ao prefeito José Pereira Aguilar (PSDB) nesta quarta-feira, 19, a partir do 12h, no Ceprolim (Centro Profissionalizante do Litoral Norte). O Ceprolin fica na Avenida Rio Grande do Norte, 450, no Indaiá.
Sérgio Reis passa pelo aniversário de Caraguá

Ganhador do Grammy Latino e um dos principais precursores da música sertaneja no país, Sérgio Reis comemora com a população o aniversário de 149 anos de Caraguatatuba. O cantor, que já vendeu milhões de discos, promete atrair grande público para a Praça de Eventos da Avenida da Praia, na noite de sexta-feira, dia 21, a partir das 22h.

Sérgio Reis é um dos cantores mais populares no meio artístico. Ao longo de seus 42 anos de carreira emplacou grandes sucessos nas décadas de 60, 70 e 80, entre eles Coração de Papel, O menino da Porteira, Chalana, Saudade de minha Terra, Disparada, Panela Velha, entre outros. Além disso, gravou 42 discos e vendeu até hoje mais de 15 milhões de cópias. Na área artística, o cantor participou também de três novelas (Paraíso, Pantanal e O Rei do Gado) e três filmes: O menino da porteira, Mágoa de Boiadeiro e O Filho adotivo.
Atualmente, além de fazer shows por todo Brasil, Sérgio Reis apresenta um programa semanal chamado “Rádio Caminhoneiro”, que é retransmitido por 170 emissoras em todo país e é destinado àqueles que fazem da estrada o meio de vida.

Outra curiosidade sobre o cantor, é que seu reconhecimento foi muito além das fronteiras brasileiras. Prova disso é que Sérgio Reis ganhou o Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música Sertaneja, no ano de 2000, na cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos. No Brasil, o intérprete sertanejo pôde constatar seu carisma com a estátua do “Menino da Porteira”, inaugurada em março de 2001 em sua homenagem, na cidade de Ouro Fino, Minas Gerais.
A entrada é fraca.




“Showmissa” de Ação de Graças abençoa Caraguatauba pelos 149 anos

O Padre Fábio de Melo celebra nesta quinta-feira, dia 20, uma missa campal, acompanhada de um show musical em comemoração ao aniversário de 149 anos de emancipação político-administrativa do município. A missa de Ação de Graças ocorre na data da festa e na Praça de Eventos, a partir das 18h.

O padre e cantor Fabio de Melo, é um dos mais populares e carismáticos no meio artístico católico. Ele gravou seis CDs na carreira solo, dentre os quais estão Marcas do Eterno e Estações da Vida com músicas que marcam sua trajetória como Pegadas de tua ausência, Eu que ver e a própria Marcas do eterno.

Padre. Fabio é jovem e com isso conquista um público bem variado. Alegre e comunicativo também é escritor e apresenta na TV Canção Nova o programa Orientação Espiritual, transmitido ao vivo todas as quintas-feiras às 22h30. “Eu sou um contador de histórias. Gosto de me aventurar no universo das palavras, gosto de vê-las clamando por minhas mãos, desejosas de saírem da condição de silêncio. Escrever e cantar é uma forma de desvendar o mundo”.

Sacerdote ordenado há quatro anos, encontrou nesta vocação a missão de poder ser e representar algo de importante para as pessoas influenciando positivamente em suas vidas. Seu último CD lançado em 2005 é Humano demais. Segundo o artista, assumir-se humano demais é uma forma de reivindicar o direito de ser homem e padre ao mesmo tempo. “Gosto de ser honesto comigo quanto à minha condição. Sou homem que quer acreditar, mas que nem sempre consegue. Só posso conhecer a Deus à medida que mergulho no mistério de ser o que sou. Assumir-me humano demais é reconhecer que nem sempre consigo entender a lógica do coração de Deus. Conversão é justamente isso: mudar o jeito de pensar e de interpretar o mundo”, afirma.


Competições esportivas encerram festividades


Dia 20/4 - quinta-feira

Final do Campeonato de Futebol Aniversário da Cidade Troféu “JR. Forlin”– Entrega de Premiação às 17h, no CEMUG (Centro Esportivo Municipal Ubaldo Gonçalves).

Dia 22/4 - Sábado

Torneio de Tênis - Encerramento, às 19h, no CEMUG
Campeonato de Bicicross - às 9h, na Pista Ton Ferreira, no bairro Indaiá
Gol Caixote - às 9h, Praça Ton Ferreira, Praia do Centro
Regata de Vela Oceânica – Etapa válida como parte do circuito Veleparaibano e Litoral Norte – às 12h, na praia da Tabatinga

Dia 23/4 – Domingo:

Campeonato de Bicicross – às 9h, Pista Ton Ferreiora, no bairro Indaiá
Regata de Vela Oceânica – Etapa válida como parte do circuito Veleparaibano e Litoral Norte – às 9h, Tabatinga
Campeonato de Skate - Pista de Skate – Praça Ton Ferreira, Praia do Centro 10h
Campeonato de Futvôlei – às 10h, Praça Ton Ferreira, Praia do Centro
Streetball – às 10h, Praça Ton Ferreira, Praia do Centro
Amistoso com a equipe de veteranos do Corinthians: às 15h, no CEMUG

Dia 29/4 - sábado

1º Festival Aberto de Natação - (em parceria com o SESI São José dos Campos), às 8h no CEMUG

Dia 30/4 - domingo

Canoagem - “Troféu Olegário dos Santos”, às 8h, na Prainha
Final do Campeonato Hipermaster de futebol - “Troféu Nersi Amaral”, no CEMUG
Fonte: PMC

terça-feira, abril 11, 2006


Caraguá comemora 149 anos com inauguração de diversas obras e corrida de pedestres

A Prefeitura de Caraguatatuba entrega à população diversas obras no mês de abril para comemorar os 149 anos de emancipação político-administrativa, em 20 de abril. São obras que beneficiam os munícipes nos setores de educação, esporte, social, turismo e segurança.

Na área educacional serão inaugurados o gabinete odontológico da EMEF Bernardo F. Louzada, no bairro Rio do Ouro; a reforma da EMEF Prof. Lúcio dos Santos, no Tinga; a ampliaação da EMEF Profa. Maria Thereza de Souza Castro, no Jetuba; a ampliação da EMEF Carlos Altero Ortega, no Morro do Algodão; e a quadra poliesportiva da EMEF Prof. Alaor Xavier Junqueira.
O setor esportivo terá a ampliação do CIASE-Centro (Integrado de Ações Sócio-Educativas), com a entrega da Praça de Eventos da Zona Norte “José Marcos do Rosário de Oliveira Carlota”, no bairro Massaguaçu e com a quadra poliesportiva do Travessão.

Na área social, a novidade é o Centro de Referência Alimentar “Maria do Rosário de Oliveira Carlota”, no Massaguaçu, o primeiro de toda a região. O prédio foi locado e reformado para oferecer serviços que atenderão todo o Litoral, como cursos e projetos de geração de renda na área da alimentação.

Em relação ao turismo e à segurança inauguradas a nova iluminação da Praça Jorge de Castro, no Travessão, e a nova iluminação de toda a extensão das avenidas Miguel Varlez e Altino Arantes.
Corrida de pedestres
Dentro das festividades dos 149 anos a Secretaria de Esportes e Recreação (Secer ) realiza a prova pedestre no sábado, dia 15. As inscrições podem ser feitas até quinta-feira dia 13.
Os competidores disputam nas categorias Ligeirinho, Papa-Léguas, Pernalonga, Juvenil, Adulto, Pré-Veterano, Veteranos, Veteraníssimos Deficientes e Cadeirantes. A largada é na Praça de Eventos.

O percurso terá distância diferenciada. Os atletas da categoria Ligeirinho correrão 500 metros. Para os corredores da “Papa-Léguas” o trajeto será de um quilômetro. Na categoria Pernalonga os corredores percorrem dois quilômetros e as demais categorias fazem o trajeto de oito quilômetros.

Os 300 primeiros atletas que concluirem a prova receberão medalhas de participação e os três primeiros colocados de cada categoria ganham troféus. A Secer fica na Avenida José Herculano, 50, Jardim Britânia, e os telefones 3888-4110/3887-1165.
Fonte: PMC

Ilhabela Bossa & Choro traz nove atrações nacionais e locais no início de março

Foto: Divulgação/PMI A Prefeitura de Ilhabela, por meio da Secretaria de Cultura, realiza mais uma edição do “Ilhabela Bossa & Choro” do...