Prominp aprova 10 ações em petróleo e gás no encerramento do
evento anual
Uma das iniciativas
define cinco regiões geográficas para implantação de rede de fornecedores
Um novo modelo de indução ao desenvolvimento dos
fornecedores do segmento de petróleo, gás natural e naval - os Arranjos
Produtivos Locais (APLs), que preveem a concentração de indústrias no entorno
dos empreendimentos da Petrobras - começará a ser implantado a partir de 2013,
com a meta de apresentar os primeiros resultados concretos até o fim do atual
governo. Resultado de parceria entre Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio (MDIC), Petrobras e Associação Brasileira de Desenvolvimento
Industrial (ABDI), o projeto prevê o desenvolvimento regional do entorno em
cinco áreas-piloto: Rio Grande (RS), Itaboraí (RJ), Ipatinga (MG), Ipojuca (PE)
e Maragogipe (BA).
O projeto dos APLs foi uma das iniciativas aprovadas durante
o 9º Encontro Nacional do Prominp (Programa de Mobilização da indústria
Nacional de Petróleo e Gás Natural), realizado em Belo Horizonte (MG), entre os
dias 5 e 7 de dezembro. A iniciativa recebeu apoio do BNDES para a liberação de
recursos destinados a projetos que, efetivamente, demonstrem se localizar em
territórios considerados estratégicos para a cadeia de fornecedores do setor de
petróleo.
O modelo hoje consolidado no País é o da cadeia de
fornecedores, cujo foco final é o produto e pressupõe dispersão geográfica da
indústria. A concepção dos APLs localizados em territórios com baixo grau de
industrialização, ou com industrialização recente, apresenta, segundo o
diagnóstico, diversas vantagens competitivas, entre elas: localização
geográfica competitiva; promoção do desenvolvimento econômico regional; aumento
da produtividade; tamanho e escala da demanda; diversidade de serviços, soluções
e equipamentos utilizados; inovação tecnológica, e redução da taxa de
mortalidade das micro e pequenas empresas.
O coordenador
executivo do Prominp, Paulo Sergio Rodrigues Alonso, lembrou que o modelo dos
APLs tem eficácia comprovada há décadas em países como Cingapura, Malásia,
Taiwan e Coréia do Sul. No Brasil, segundo ele, o desafio será "passar
rapidamente do diagnóstico e planejamento para a execução e atração das
empresas-âncora que serão as indutoras da ocupação territorial do entorno dos
empreendimentos, de forma a viabilizar a prestação dos serviços necessários ao
funcionamento da cadeia de fornecedores".
Outras iniciativas - No Painel sobre Produtividade: desafios
para o setor de petróleo e gás foi definido o aprimoramento da forma de
articulação da cadeia de fornecedores, sob a coordenação do Sindicato Nacional
da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) e a
implantação do Programa de Excelência para a Produtividade, que terá
coordenação conjunta da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e
Equipamentos (Abimaq) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
No Painel sobre Tecnologias para construção e montagem
offshore foi aprovado o equacionamento dos instrumentos de estímulo à pesquisa,
desenvolvimento e inovação para atender às demandas empresariais, projeto para
inserção de novas tecnologias de construção em montagem (modularização) e
criação de novas modalidades de financiamento para alavancagem do conteúdo
local. A coordenação caberá ao Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e
Biocombustíveis. A proposta, que trata da ampliação da viabilidade de inovação
para o conteúdo local via projetos cooperativos e de acordos de cooperação
tecnológica (ACT's), com garantias de
fornecimento, será reformulada e reapresentada ao Comitê Executivo do Prominp.
No Painel que tratou do Fortalecimento da Engenharia
Nacional e Desenvolvimento de Projetos Básicos no País foi aprovado o incentivo
ao desenvolvimento de tecnologias de projeto e de processo, através de parceria
tripartite: Operadoras, empresas de consultoria de engenharia e academia e
ações sobre previsibilidade da demanda de serviços de engenharia e
desenvolvimento de modalidades de contratação de projetos básicos no Brasil.
O Painel que tratou da Empregabilidade, Qualificação,
Certificação e Inserção de profissionais no mercado de trabalho aprovou a
atualização de planejamento e execução do Plano Nacional de Qualificação
Profissional do Prominp, contemplando técnicos para as obras dos
empreendimentos de petróleo e gás para os estaleiros, para a indústria de bens
de capital e programas voltados à formação de engenheiros de projeto. A promoção de ações para inserção dos
profissionais qualificados no mercado ficará sob a coordenação da CNI. A
Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi) ficará encarregada de
coordenar o desenvolvimento e a implantação de um sistema de certificação
profissional para trabalhadores do setor de petróleo e gás, contemplando a
inserção da multifuncionalidade para esses trabalhadores.
Prominp - Instituído em dezembro de 2003 pelo decreto nº
4925 do Governo federal, e coordenado pelo Ministério das Minas e Energia e
pela Petrobras, o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e
Gás Natural (Prominp) tem estruturado um conjunto de mais de 150 iniciativas estratégicas
relacionadas aos diversos fatores que impactam a competitividade da indústria.
O objetivo das ações é auxiliar no equacionamento dos gargalos detectados e,
dessa forma, maximizar a participação da indústria nacional na implantação de
projetos do setor de petróleo e gás natural no País e no exterior.
Fonte: Agência Petrobras
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