Mulheres podem chegar ao topo, diz presidente da Petrobras
na OTC
As mulheres podem chegar ao topo. Para isso, o crescimento
deve ser passo a passo, aliado ao ganho de experiências e à maturidade pessoal
e profissional. Essa foi uma das opiniões dadas pela presidente da Petrobras,
Maria das Graças Silva Foster, durante o evento "Wise: Mulheres da
Indústria Dividindo Experiências", que aconteceu nesta terça-feira (7/5),
na Offshore Technology Conference (OTC), em Houston, nos Estados Unidos.
"A presença das mulheres nas empresas torna o debate
mais rico e melhora o processo de tomada de decisão. Quando o preconceito é
permitido nas companhias, pode haver erros nas decisões administrativas e isso
leva à perda de competitividade. A diversidade não é um problema, pelo
contrário, é uma vantagem competitiva das corporações", disse a presidente
para mais de 200 mulheres e homens presentes.
Graça Foster lembrou que a última vez em que esteve na OTC
foi em 2004, junto com a então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff.
"Hoje, Dilma é a primeira presidenta do Brasil após 124 anos de República.
É uma vitória da nossa democracia e por que não dizer de todas as
mulheres?", disse a presidente, sendo muito aplaudida em seguida.
A presidente, que em 2012 foi eleita uma das mulheres mais
poderosas do mundo dos negócios pela revista americana Fortune; a 20ª mais
poderosa do mundo e a terceira mais influente na categoria negócios pela
revista Forbes; e está entre as 100 pessoas mais influentes do mundo no ranking
da revista Time, também falou de sua trajetória profissional, lembrando que não
foi fácil chegar à presidência. "Passei por todos os cargos de gerente
antes de ser presidente", disse. "Obstáculos sempre existiram no
caminho e vão sempre existir. Meu desafio sempre foi não aceitar limitações,
não impor limitações a mim mesma e, principalmente, nunca desistir",
avaliou, ressaltando a importância do conhecimento e da informação para o
crescimento profissional.
Ela admitiu que a Petrobras ainda é uma empresa predominante
masculina, com 84,4% da força de trabalho sendo homens e 15,6% mulheres.
"Mas comparados ao restante da indústria do petróleo, não estamos tão
mal", avaliou. No segmento de petróleo e gás, os homens são 92,2% e as
mulheres, 7,8%. Para ela, há 33 anos na empresa, é preciso brigar contra o
preconceito, inclusive na escolha das carreiras. Hoje, as carreiras técnicas
ainda têm maioria de homens.
Com relação às cotas para mulheres, a presidente destacou
que acredita que o melhor caminho para eliminar a discriminação e proporcionar
oportunidades iguais para todos é eliminar o preconceito e não por meio de
sistemas de cotas. "Nós somos diferentes, mas podemos fazer o mesmo
trabalho se assim decidirmos", disse.
Fonte: Agência Petrobras
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