Escritores como Karl Ove
Knausgård, Irvine Welsh e Heloisa Buarque de Hollanda estarão em Paraty
A década de 1970 foi marcada por
um forte movimento de resistência que percorreu a vida política, social e
cultural do Brasil. Na literatura nacional, uma geração de poetas marginais fez
da poesia uma plataforma para interpretar o mundo.
Foto: Plip |
Expoente desse movimento literário, Ana Cristina Cesar (1952-83) – homenageada
desta edição – ajuda a projetar diferentes olhares sobre a literatura e a
lírica brasileira, servindo de eixo para a programação da Flip 2016, que
acontece entre os dias 29 de junho e 3 de julho em Paraty.
Na abertura da festa, já se
anunciam as novidades deste ano: uma sessão de cinema e um sarau com autores
selecionados entre todas as programações da Flip.
Foto: Walter Craveiro |
O poeta Armando Freitas Filho,
amigo fundamental da carioca Ana Cristina Cesar e curador de sua obra
literária, abre a Flip 2016 numa sessão ao lado do documentarista Walter
Carvalho, que acaba de dedicar um filme a ele. Um sarau evoca a presença de Ana
C. e o forte de seu legado como escritora.
Apesar de ter como ponto de
partida a autora carioca, a 14ª edição da festa literária foi pensada para que
todo tipo de leitor possa se reconhecer nas diversas temáticas que compõem a
programação.
Divididos em 23 mesas literárias,
39 autores da literatura contemporânea debatem poesia, ensaio, humor e sexo,
jornalismo, ciência, arquitetura, psicanálise, a obra de Ana C. e sua
influência na literatura contemporânea.
Confira a programação completa
Quarta-Feira, 29 de junho
Sessão de abertura ‘Em
Tecnicolor’, 19h
Armando Freitas Filho e Walter
Carvalho
“Manter a linha da cordilheira
sem o desmaio da planície”, 88 minutos,
19h45
Walter Carvalho
Sarau, 21h45
Autores selecionados entre todas
as programações da Flip
Quinta-Feira, 30 de junho
Mesa 1 - A teus pés, 10h
Annita Costa Malufe
Laura Liuzzi
Marília Garcia
Mesa 2 - Cidades refletidas, 12h
Francesco Careri
Lúcia Leitão
Mesa 3 - Os olhos da rua, 15h
Caco Barcellos
Misha Glenny
Mesa 4 - Histórias naturais,
17h15
Álvaro Enrigue
Marcílio França Castro
Mesa 5 - Matéria cinzenta, 19h30
Henry Marsh
Suzana Herculano-Houzel
Mesa 6 - Na pior em Nova York e
Edimburgo, 21h30
Bill Clegg
Irvine Welsh
Sexta-feira, 1º de julho
Mesa 7 - Breviário do Brasil, 10h
Benjamin Moser
Kenneth Maxwell
Mesa 8 - A história da minha
morte, 12h
J.P. Cuenca
Valeria Luiselli
Mesa 9 - O show do eu, 15h
Christian Dunker
Paula Sibilia
Mesa 10 - Encontro com
Karl Ove Knausgård, 17h15
Mesa 11 - Mixórdia de temáticas,
19h30
Ricardo Araújo Pereira
Tati Bernardi
Mesa 12 - Sexografias, 21h30
Gabriela Wiener
Juliana Frank
Sábado, 2 de julho
Mesa 13 - Encontro com
Leonardo Froés, 10h
Mesa 14 - De Clarice a Ana C, 12h
Benjamin Moser
Heloisa Buarque de Hollanda
Mesa 15 - Encontro da arte com a
ciência, 15h
Arthur Japin
Guto Lacaz
Mesa 16 - Encontro com
Svetlana Aleksiévitch, 17h15
Mesa 17 - O falcão e a fênix,
19h30
Helen Macdonald
Maria Esther Maciel
Mesa 18 - O palco é a página,
21h30
Kate Tempest
Ramon Nunes Mello
Domingo, 3 de julho
Mesa 19 - Síria mon amour, 10h
Abud Said
Patrícia Campos Mello
Mesa 20 - Sessão de encerramento:
Luvas de pelica, 12h
Sérgio Alcides
Vilma Arêas
Mesa 21 - Livro de cabeceira,
14h15
Ingressos
Os ingressos da programação
principal custam R$ 50. As vendas começam em 3 de junho, a partir das 12h, e
vão até 28 de junho – pela internet, por telefone e nos pontos de venda da
Tickets for fun. De 29 de junho em diante, apenas na bilheteria da Flip em
Paraty. Para cada mesa, há limite de dois ingressos por pessoa. Para comprar, é
possível acessar ticketsforfun.com.br, telefonar para (11) 3576 1480 (segunda a
sexta, das 11h às 17h) ou ir aos pontos de venda (sem taxa de conveniência):
SP – Citibank Hall: Av Nações
Unidas, 17.955
RJ – Metropolitan: Av Ayrton
Senna, 3.000
Paraty – Paraty Tours: Av Roberto
Silveira, 11 (de 3 a 5 de junho, apenas para moradores de Paraty).
Flip 2016
Com curadoria de Paulo Werneck, a
14ª edição da Flip homenageia a poeta Ana Cristina Cesar (1952-83), expoente da
geração da Poesia Marginal, que nos anos 1970 se firmou distribuindo edições
caseiras no Rio de Janeiro, ao largo do mercado editorial e sob o peso da
ditadura militar, fundando uma vertente marcante na poesia brasileira
contemporânea.
Quem faz a Flip A Casa Azul é uma
organização da sociedade civil de interesse público que desenvolve projetos nas
áreas de arquitetura, urbanismo, educação e cultura.
Desde as primeiras ações, há mais
de vinte anos, vem desenvolvendo uma metodologia de leitura territorial capaz
de potencializar importantes transformações no território. Em Paraty, onde a
associação se originou, esse processo levou à realização de ações de
permanência, com projetos como a Flip, a Biblioteca Casa Azul e o Museu do
Território de Paraty, entre outros.
Patrocínio
A programação da Flip é realizada
por meio de leis de incentivo à cultura do Governo do Rio de Janeiro e da
Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro e do Ministério da Cultura do
Governo Federal, e conta com patrocínio do Itaú, do BNDES, da Petrobras e de
outras empresas e organizações em vias de captação.
Flip
Nenhum comentário:
Postar um comentário