Caraguatatuba-SP, fevereiro de 2015 – O campo da biologia é muito extenso, abrangendo carreiras que envolvam exatas, humanas ou saúde, além de outras áreas. Existem diversas oportunidades de emprego para o biólogo, com grande destaque para empregos relacionados ao meio ambiente, em alta no momento, devido ao aquecimento global. Dentre tantas carreiras, a professora do curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário Módulo, Karolina Doria, listou 10 áreas em que biólogos podem atuar:
1 – Conservação do Meio ambiente: Como gestor de Unidades de Conservação, participação em ONGs, Reservas Ecológicas, Reservas Particulares do Patrimônio Ambiental. Em tempos em que o desenvolvimento urbano está acelerado em qualquer parte do país, estes profissionais são indispensáveis na confecção dos laudos de impacto ambiental, tanto aqueles relacionados a fauna, quanto à flora. Este setor está em alta, uma vez que a ocupação de terrenos, construção de diferentes tipos de empreendimentos trazem a necessidade do Relatório de impacto ambiental.
2 – Recuperação do Meio ambiente degradado: confeccionado o layout de recuperação de áreas degradadas, apontando e auxiliando na escolha de diversas espécies que sejam de rápido crescimento, que tenham uma função ecológica na atração de aves ou outros animais, e o mais importante, devolva à paisagem degradada a vida.
3 – Gerenciamento costeiro: estão sendo implantados no País diferentes formas de gerenciamento costeiro. Os biólogos podem atuar no gerenciamento do ambiente, evitando assim a degradação da região litorânea e as baixas nos estoques pesqueiros.
4 – Educação ambiental: os projetos podem ser desenvolvidos tanto em nível escolar, quanto em ações conjuntas com ONGs ou demais organizações. As áreas de enfoque são: preservação do meio ambiente, redução dos resíduos sólidos, reutilização de embalagens e na importância da reciclagem. Ações como esta, minimizam de sobremaneira o descarte de material que pode ser reciclado, e aumenta o tempo de vida útil de um aterro sanitário.
5 – Biotecnologia e bioinformática: a manipulação de ácidos nucleicos é outro ponto em alta para este profissional. Neste campo é possível trabalhar com sequenciamento e identificação de diferentes organismos, melhoramento genético de espécies que são consumidas tanto como alimento, como para a produção de madeira, papel e vestuário. Há possibilidade ainda de trabalho em laboratório com a identificação de paternidade e desenvolvendo vacinas, por exemplo. Como bioinformata - função oriunda bioinformática - pode o profissional desenvolver programas de computadores para uso em pesquisas genéticas.
Foto: Divulgação |
6 – Controle de pragas e vetores: na ação e no controle de pragas urbanas, como cupins atacando árvores nas vias públicas. Ações como controle de vetores de doenças, como o Aedes aegypti, vetor da dengue ou ainda o anofelino (inseto vetor da malária).
7 – Microbiologia e biologia forense: estudo de microrganismos como vírus, bactérias e fungos, seja na identificação, no controle ou no desenvolvimento de remédios. A biologia forense é necessária na resolução de crimes, ou seja, na análise de pequenos vestígios biológicos que ficaram na cena de um crime, como por exemplo, sangue, fio de cabelo, esperma, etc. O biólogo forense pode inclusive atuar na resolução de crimes contra o meio ambiente. Há necessidade de curso de especialização.
8 – Educação, Pesquisa e Extensão: a prática do ensino pode ocorrer tanto nas escolas, quanto nas universidades. Neste contexto existem inúmeras possibilidades, uma vez que existem diferentes nichos. Há possibilidades para pesquisa com organismos geneticamente modificados, no desenvolvimento de novas variedades mais produtivas, mais enriquecidas em vitaminas, na reabilitação de animais capturados. Nos projetos de extensão, envolvendo a universidade, os graduandos e a comunidade em que estão inseridos, propondo medidas mitigadoras para o impacto naquele local ou o que pode ser melhorado biologicamente.
9 – Biologia de organismos aquáticos: na pesquisa e criação de animais em cativeiro, sejam eles dulcícolas ou marinhos. Estudam e equilibram as populações, os ciclos de vida e as capacidades de suporte de um ecossistema aquático.
10 – Ecotoxicologia: estudando os impactos das substâncias tóxicas na dinâmica das populações de um ecossistema. Esta área de estudo permite, por exemplo, a avaliação da periculosidade ambiental de um agroquímico, quais os impactos deste no ecossistema. Este ramo também tem sido utilizado como parâmetro legal de qualidade da água, de efluentes e de sedimentos.
Fonte: Centro Universitário Módulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário