Foto: Celia Santos
No próximo dia 3 de fevereiro, a partir das 20h, moradores e visitantes de São Sebastião terão oportunidade de acompanhar, confortavelmente em cadeiras colocadas na calçada, um grito de carnaval diferente: artistas convidados e sambistas locais estarão na sacada do casarão do século XVII, na Rua da Praia, para tocar e cantar músicas dos antigos carnavais. O evento será gratuito.
A cantora e sambista Adriana Moreira, a cantora brasiliense Luciana Oliveira, a banda do Instituto Mpumalanga, cantoras do grupo As Marias e a bateria da Escola de Samba Ki-Fogo, com seus puxadores de samba e a velha guarda, já confirmaram presença na segunda edição do evento que marcou a inauguração do centro de cultura e artes conhecido como Casa Brasileira.
No show da sacada da Casa Brasileira, a cantora Adriana Moreira, sambista paulistana que cresceu na quadra do Camisa Verde e Branco, terá um repertório de sambas enredo consagrados. Já a cantora Luciana Oliveira e a Banda do Instituto Mpumalanga trarão para o público as antigas marchinhas que marcaram a história dos carnavais brasileiros.
Faltando pouco para o desfile das escolas de samba de São Sebastião, a bateria campeã da Ki-Fogo do Pontal da Cruz prepara uma surpresa para o público que for prestigiar o evento. O presidente da Ki-Fogo, Willer Borges, disse que a escola está feliz por participar deste projeto cultural da Casa Brasileira. “Mais um momento para comemorar com a comunidade os 40 anos da escola de samba, que é tetracampeã do carnaval de São Sebastião”, recordou ele.
Sobre a Casa Brasileira
Instalada no número 81 da avenida Altino Arantes, na orla do centro de São Sebastião, a Casa Brasileira recebe mais de 50 visitas diárias de adultos, jovens e crianças, que podem apreciar o acervo de peças de arte de origens indígena, caiçara, sertaneja, quilombola e africana; as telas do artista plástico Élon Brasil; os bordados do coletivo Mãos de Ariadne com rostos de mulheres da história brasileira; a exposição de peças de tecidos africanos do Acervo África e o próprio casarão, datado do final do século XVIII, recentemente restaurado.
Segundo a jornalista e documentarista, Adriana Saldanha, gestora do Instituto Mpumalanga e idealizadora do espaço, a Casa Brasileira é um centro de artes e de construção do conhecimento que pretende abrigar as diversas manifestações culturais brasileiras e promover o debate, a reflexão, e o gosto pela arte. “Quando iluminamos a fachada deste casarão histórico para o projeto Música na Sacada da Casa Brasileira, pensamos em promover a boa música e também em valorizar nossa memória”, disse ela.
PMSS