quinta-feira, outubro 21, 2010

 Foto: Norberto Mesquita
 

Sérgio Gabrielli atribui papel estratégico à UTGCA Monteiro Lobato

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, visitou nesta terça-feira, dia 19, as obras da UTGCA (Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba) Monteiro Lobato, parte do Projeto Mexilhão. Sérgio Gabrielli considerou a UTGCA um investimento estratégico por processar o gás natural do Campo de Tupi, Campo de Mexilhão (a 145 Km da costa), Urugá-Tambaú e posteriormente do pré-sal, localizados na Bacia de Santos. A base de gás tem previsão para entrar em operação no dia 30 de janeiro de 2011, com capacidade de processar 18 milhões de m³ de gás natural por dia. Com o início da exploração do pré-sal esse volume saltará para 20 milhões m³ de gás natural diários. 


De acordo com Gabrielli, mesmo com gás natural da Plataforma de Mexilhão, o Brasil não vai deixar de importar o produto da Bolívia. Segundo o presidente da Petrobras, são importados diariamente 30 milhões m³ de gás boliviano para abastecer a indústria paulista. “Temos um contrato com a Bolívia até 2019, mas com a produção de Mexilhão, o gás dela terá um papel menor.”

Sérgio Gabrielli também considerou o Projeto Mexilhão complexo e desafiador por atender um conjunto de exigências ambientais. Entre umas dessas adequações está o fato do queimador (responsável pela queima segura do gás para alívio da pressão) está no chão para não ser visto da orla. “A diretoria realizou o acompanhamento mensal do projeto.” Ainda conforme o presidente da Petrobras, a UTGCA Monteiro Lobato atingirá o pico da produção de gás (20 milhões m³/dia) em três anos. 

A visita do presidente da Petrobras foi acompanhada pelos senador Aloizio Mercadante (PT) e o deputado federal eleito Carlinhos Almeida (PT), além dos perfeitos Antonio Carlos da Silva (Caraguá), Ernane Primazzi (São Sebastião) e Toninho Colucci (Ilhabela); os vices Antonio Carlos da Silva Júnior (Carguá) e Rui Teixeira Leite (Ubatuba); e vereadores de Caraguá e Ilhabela,  e funcionários da Petrobras.

Gastau

O Gastau  é um gasoduto de 96 quilômetros de distância que liga a UTGCA Monteiro Lobato a Taubaté, em um City Gate, onde o gás natural da Bacia de Santos será distribuído para o restante do país. Para os dutos transporem a Serra do Mar foi construído um túnel de 5 quilômetros, dos quais resta um para ser escavado pela máquina tuneladora, o “tatuzão”. Para o início das obras do túnel foram necessários dois anos para a emissão dos licenciamentos ambientais. “Sem o Gastau ainda não é possível começar exploração comercial do gás do pré-sal”, explica Azevedo.  Foto: Agência Petrobras


Além do gás natural a UTGCA tratará o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo/ gás de cozinha), transportado para as distribuidoras de caminhão; e o C5 +, também conhecido como condensado, a porção líquida do gás. O condensado será enviado para a Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos, para o processamento.  O Gastau está previsto para entrar em funcionamento no primeiro trimestre de 2011. 

Cerca de 4.200 pessoas trabalharam diariamente no auge da obra da UTGCA, porém 150 operadores atuarão na unidade após o início das atividades. 82% dos equipamentos usados na construção vieram do mercado nacional. Três turbogeradores fornecerão energia elétrica para a base.  A estação de gás ocupa uma área de 1.010.000 m². Foram investidos R$ 2 bilhões no Projeto Mexilhão.

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