A presidente da Câmara de Ilhabela, Gracinha Ferreira (PSD),
se reuniu com moradores do Bonete, a maior comunidade tradicional do
arquipélago, na última sexta-feira (7/2) para ouvir suas reivindicações.
A maior queixa local está relacionada ao racionamento de
energia elétrica, já que o gerador funciona em apenas dois períodos (6h às 12h
e 18h às 22h), causando inúmeros transtornos à população, como perda de
mantimentos e danificação de eletrodomésticos e eletrônicos. Além disso, os
moradores explicaram que a interrupção da energia acarreta prejuízos ao
atendimento do posto de saúde, que não pode manter, por exemplo, vacinas
refrigeradas.
A comunidade pediu que a presidente intercedesse junto ao
Executivo para que o Bonete pudesse contar com uma solução definitiva para o
fornecimento de energia elétrica, como por exemplo, o programa Luz para Todos,
do Ministério de Minas e Energia do Governo Federal.
Foto: Leninha Viana/CMI |
Outro pedido dos ‘boneteiros’ foi a melhoria na captação e
abastecimento de água para os moradores, que sofrem com os dias de chuva forte,
já que o fornecimento de água é feito diretamente da cachoeira e a grande vazão
em dias chuvosos entope as mangueiras e suja a água.
Creche, desmembramento de aulas conjuntas no Ensino
Fundamental e Médio, e volta do EJA (Educação para Jovens e Adultos) foram os
pedidos da comunidade relacionados à área da educação. Na saúde, os moradores
pediram um intervalo menor nas visitas do médico da família, que são realizadas
a cada 45 dias. Sugeriram ainda mais uma enfermeira, pois a profissional que
reside no Bonete acaba ficando sobrecarregada, pois é solicitada 24 horas por
dia e também aos fins de semana. “Nós estamos no século 21, já foi o tempo em
que nossos pais andavam com lampião por aí. Queremos preservação, mas também
temos direito a um melhor conforto”, disse uma das moradoras.
A vereadora Gracinha Ferreira anotou todas as reivindicações
do Bonete e comprometeu-se a dar os encaminhamentos necessários, com elaboração
de requerimentos e indicações ao Executivo e órgãos competentes. “Algumas
reivindicações são fáceis de serem atendidas, vamos procurar os setores
competentes para ver o que é possível fazer dentro das possibilidades”,
concluiu.
Fonte: CMI
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