Contorno Norte é criticado e Caraguá apresenta alternativas para aprimorar projeto
EIA/Rima foi exposto em audiência pública com grande participação popular
O projeto apresentado pelo Estado prevê 6
 km de estrada em pista simples, com velocidade máxima de 80 km e um 
túnel de 410 metros. O cronograma estabelece que a licença prévia seja 
em agosto de 2012, a licença de instalação nos primeiros meses de 2013 e
 o início das obras ainda no primeiro trimestre do mesmo ano.
Durante quase três horas, o corpo 
técnico da empresa responsável pelos estudos da obra explanou o 
documento para o público. O Contorno Norte passa por estudos de traçados
 pelo DER desde 1990 e tem o objetivo de levar os motoristas que descem a
 Rodovia dos Tamoios sentido Caraguá para a SP-55 (Rodovia Rio-Santos), 
após a área central do município, no km 99, nas proximidades dos bairros
 Casa Branca e Olaria, altura da Martin de Sá.
A coordenadora da JGP Consultoria (uma 
das empresas responsáveis pela elaboração do EIA/Rima), Ana Maria 
Iversson, explicou que as alças de acesso aos Contornos Sul (até São 
Sebastião) e Norte estão previstas para serem implantadas no bairro 
Ponte Seca e que, com isso, haverá desapropriações para que as estradas 
sejam implantadas. Ela disse que as edificações afetadas no bairro 
caíram de 78 para 52, número que poderá diminuir ainda mais com as 
propostas protocoladas e enviadas pela prefeitura de Caraguá.
Ana Maria disse ainda que o EIA 
preliminar previu que 352 edificações serão afetadas, mas que o estudo 
atual apontou 279, sendo que 190 poderão ser desapropriadas pelo valor 
de mercado e outras 89 são reassentamentos. “O empreendimento será 
considerado viável quando todos os trâmites forem concluídos como o 
cadastro das famílias e o levantamento exato das residências a serem 
desapropriadas. A obra não começa sem que as famílias recebam as 
indenizações ou reposições habitacionais”, acrescentou a coordenadora da
 empresa de consultoria.
Prefeitura irá protocolar sugestões para alterar traçado
Moradores dos bairros Cidade Jardim, 
Jardim Terralão e Canta Galo foram os que mais fizeram uso da palavra 
para questionar o projeto, principalmente com relação às desapropriações
 para que a obra saia do papel. O prefeito de Caraguá, Antonio Carlos da
 Silva, afirmou que o Governo Municipal também não concorda com pontos 
do projeto apresentado, mas a nova estrada precisa ser construída.
| Foto: Sérgio Inoue/PMC | 
“A prefeitura vai protocolar nos 
próximos dias uma proposta de alteração do traçado para diminuir ainda 
mais as desapropriações. Nós temos comprometimento com a habitação e 
políticas públicas para todos os moradores da cidade e ninguém vai 
perder seus direitos e ter prejuízos. Essa obra é muito importante para 
Caraguá e o governador Geraldo Alckmin teve sensibilidade em priorizar 
os contornos antes da duplicação do trecho de serra da Rodovia dos 
Tamoios”, garantiu Antonio Carlos.
O secretário adjunto de Urbanismo, Paulo
 André Cunha Ribeiro, informou que a prefeitura pretende sugerir o 
deslocamento do traçado no trecho dos bairros Cidade Jardim 2, Jardim 
Terralão e Casa Branca para que nenhuma casa seja afetada. Além disso, 
será sugerida a duplicação da SP-55 na altura do bairro Casa Branca até o
 Massaguaçu e a compensação ambiental do empreendimento com investimento
 no Parque Natural do Juqueriquerê, cujo projeto já está pronto.
Nas considerações finais, Ana Maria 
Iversson disse que o projeto ainda passará por alterações antes de ser 
aprovado pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema). Segundo a 
coordenadora, a audiência pública constatou que o custo social do 
empreendimento foi considerado alto tanto pela população quanto para a 
prefeitura de Caraguá. “Vamos estudar uma forma para que a obra ocorra 
com impactos menores, já que a construção da estrada é necessária”, 
afirmou.
Fonte: PMC 
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