Fotos: Divulgação
A Semana Internacional de Vela de Ilhabela 2021 terá mais duas classes na raia do litoral norte paulista, de 24 a 31 de julho. O maior evento da modalidade da América do Sul incluiu no programa de regatas as categorias Multicascos e Mini Transat. A competição deve reunir mais de 100 barcos.
Multicascos e Mini Transat se unem às classes ORC, RGS, Bico de Proa, Clássicos, C30 e HPE25 nas regatas. O primeiro dia de provas será no domingo (25) com a Alcatrazes Por Boreste – Marinha do Brasil, acompanhada pela Toque-Toque por boreste e Renato Frankenthal.
A entrada das novas classes de barcos aumenta ainda mais a diversidade da Semana Internacional de Vela de Ilhabela, que oferece aos participantes correr regatas ao lado de atletas profissionais, olímpicos e amadores.
Com a oficialização de Multicascos e Mini Transat, a Semana de Vela de Ilhabela amplia ainda mais sua presença nacional e internacional, já que as classes têm velejadores espalhados pelo país e principalmente no Nordeste.
”Correr a Semana de Vela de Ilhabela é uma grande oportunidade para os velejadores terem contato com todos da vela de oceano do Brasil. É um grande encontro, com muita festa e regatas de alto nível”.
”São veleiros muito competitivos na mesma raia de equipes amadoras, que buscam mais conhecimento do próprio barco e diversão. Mas quando dá a largada, todos querem sair vencedores no final”, explicou Mauro Dottori, velejador do Caballo Loco e organizador da Semana Internacional de Vela de Ilhabela.
A classe Mini Transat já fez parte da Semana de Vela de Ilhabela, mas a partir de 2021 entra com mais veleiros inscritos. São quatro confirmados até o momento: Xavantes, Blood Bones, Jacaré e Daddy-O.
”Estou muito contente de correr a Semana de Vela de Ilhabela, que será uma preparação para a campanha brasileira da Mini Transat de 2023. É uma regata que disputei várias vezes, mas agora será solo”, disse Jonas Gomes, do Blood Bones.
O velejador de Ilhabela (SP) está fazendo o mesmo caminho de alguns brasileiros entre eles a Izabel Pimentel e Kan Chuh. Outros como Gustavo Pacheco, Roberto Hokzhacker e Sergio Vinícius também já estiveram na regata Mini Transat.
A classe 6.50 é formada por veleiros de 21 pés, próprios para longas travessias oceânicas e resistente às condições mais severas do clima.
”É um barco seguro e veleja com velocidades extraordinárias, atingindo 13 nós e surfando muito. São veleiros construídos para regatas de percurso, como o nome já diz, mini transatlântico. Quem olha de longe pensa que não vai sair do Canal de São Sebastião, mas eles são muito bem construídos, a maioria veio da França por mar pra cá”, explicou José Carlos Rodrigues de Souza, o Crispin, presidente da categoria no Brasil.
O Estado da Bahia concentra o maior número de veleiros no país. Contando veleiros prontos e em fabricação, são quase 20 espalhados no Brasil. O Mini foi desenvolvido na França em 1977 e foi criado para permitir que uma pessoa faça regatas transoceânicas. É um veleiro de 6.5 metros por 3 de boca. Existem os barcos tipo série e os protótipos, que são de carbono.
”A regata tem uma visibilidade e importância sedutora para quem gosta de oceano. A classe é jovem no Brasil e é motivo de orgulho para nós corrermos a Semana de Vela de Ilhabela”, completou José Crispin.
Multicascos
A Multicascos, como o nome já diz, é formada por veleiros de dois ou mais cascos em paralelo, como os famosos catamarãs e trimarãs. A diferença principal para os barcos tradicionais é que, com dois cascos, o veleiro não aderna quando aumenta o vento e isso os tornam mais rápidos.
É uma embarcação com geometria estabilizada, derivando sua estabilidade de seu feixe largo, ao invés de uma quilha com lastro, como acontece com um barco monocasco. Em 2021, a Multicasco, que tem loa mínima de 28 pés, deve ter até cinco equipes confirmadas.
”É um evento que contribui para o crescimento da vela brasileira. Agradecemos ao Yacht Club de Ilhabela e toda a comissão de regatas em nome da classe por todo trabalho bem feito de organização”, disse Armando de Oliveira, do D4.”É a primeira grande regata que vamos fazer! Estamos esperançosos. Todo mundo que está com um barco novo deve fazer uma prova dessas para aprender. Principalmente os principiantes, porque a regata ensina a velejar. Livro e computador não ensinam a velejar, conhecer o mar”.
O objetivo dos velejadores da Multicasco é ter cada vez mais participantes em Ilhabela. O número de catamarãs cresce no Brasil, mas a maioria não corre regatas porque não as conhece. ”As regatas são indispensáveis para conhecer seu barco e aprender a velejar. É a melhor escola, toda vez vai melhorando, e claro aumenta seu prazer de velejar”.
”A expectativa é ter primeiro vento bom, a segunda ter bastante concorrentes para dar uma boa briga para ser emocionante e a terceira, claro, é ganhar na classe Multicascos”, contou Benoit Joufflineau, do catamarã Maré XX.
Inscrições
As inscrições para a 48ª edição da Semana Internacional de Ilhabela estão abertas para as regatas de 24 a 31 de julho no Yacht Club de Ilhabela (YCI), em parceria com a Prefeitura de Ilhabela.
As inscrições são feitas pelo site www.sivilhabela.com.br
O acesso ao Sistema de Inscrições está disponível desde 18 de junho até o dia 19 de julho. O valor do pagamento da taxa de inscrição do veleiro será definido no momento da inscrição.
O simples cadastramento não garante nenhuma faixa de valor e sua inscrição só será efetivada após a quitação da inscrição.
As regatas organizadas pelo Yacht Club de Ilhabela (YCI) têm parceria histórica com a Prefeitura local. O comitê está alinhado com as autoridades de saúde para entregar um evento de alto nível e que atende aos protocolos de segurança oficiais relacionados à COVID-19. Será exigido teste de PCR com 72 horas de antecedência para o credenciamento.
A última regata presencial foi realizada em 2019, com mais de 120 veleiros de todo o país e nações vizinhas. O evento em sua versão virtual teve realização do Yacht Club de Ilhabela e organização da Tribu Live Marketing e Full Time Eventos e Turismo.
PMI
Nenhum comentário:
Postar um comentário