sábado, fevereiro 21, 2015

São Sebastião pode 'exportar' soldadores industriais para o Japão


Em uma iniciativa inédita, por meio de um convênio pioneiro da Prefeitura com uma escola técnica da cidade, São Sebastião poderá 'exportar' alunos do curso técnico de soldador industrial para o Japão.

Esta é apenas uma das possibilidades,  já que o objetivo principal é capacitar s população para o mercado crescente desta área no próprio município.

O projeto, credenciado pela secretaria de Educação da cidade, proporcionou a 120 moradores a oportunidade de se qualificar em umas das profissões mais procuradas em todo o país.

Com 80% de aula prática, e em dois meses de curso, que acontece de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 15h30, os alunos estarão aptos a concorrem a uma vaga no mercado em um dos setores que mais cresce em todo o mundo, o de Petróleo e Gás, além da construção civil.

Esta é uma realidade que hoje já existe no município que tem em seu território o primeiro estaleiro do estado de São Paulo fabricante de módulos para FPSO – que em português quer dizer - navio de produção, estivagem e carregamento de Petróleo e Gás, ou seja, plataforma flutuante integrada em casco de navio.

Outras grandes obras também estão em andamento, como a construção do Contorno Sul – empreendimento do Projeto Nova Tamoios e, em breve,  a ampliação do porto de São Sebastião e consequentemente a duplicação do trecho de serra em Caraguatatuba.

Dos 120 alunos que se classificaram em processo seletivo para o curso, 26 são mulheres. Um número que, de acordo com o instrutor, José Luiz Olegário Junior, demonstra a tendência de  polarização em um mercado onde a maioria é de homens.

Um exemplo disso é a aluna Cristiane Alves, 25 anos, recém- formada em engenharia civil pela Universidade de Taubaté.  Cristiane que nasceu no bairro da Enseada, costa norte de São Sebastião, revela que procurou o curso porque sabe do crescimento deste setor  no mundo todo.  Contudo, segundo ela, na universidade não teve nenhum conhecimento deste tipo e por isso resolveu absorver mais conhecimento.

“A indústria do aço está em pleno desenvolvimento e é uma área que ainda não têm muitos profissionais. Este curso é uma grande oportunidade para minha carreira”, afirmou Cristiane.

No curso encontramos também a vendedora de acarajé Marcia Menezes, de 39 anos, e sua filha Carolina Menezes, 19.

As duas conseguiram se classificar para o curso e agora mantém uma perspectiva muito boa em relação ao futuro. “Sabemos que estamos no começo e precisamos cada vez mais nos aprofundar. Mas este curso já é uma oportunidade única para desenvolvermos nossos conhecimentos”, ressaltou Marcia.

Já o aluno de Ilhabela, Samuel Alves da Silva, que está numa fase mais avançada do curso por ter iniciado por conta própria, ou seja, custeando seus estudos por não ter em sua cidade a oportunidade de fazê-lo gratuitamente,  em abril segue para o Japão para um ano de experiência. “Parabenizo São Sebastião por esta iniciativa e por dar a oportunidade a estas pessoas em se profissionalizar”, destacou.

Segundo o instrutor Olegário Júnior, além de Samuel, outros 50 alunos irão para o Japão. “Hoje a cidade já exporta esta mão obra. São pessoas que terão  suas vidas mudadas a partir da solda”, comemorou.

Para o mantenedor do da escola técnica, Leonardo Silveira Roubadei, o projeto desenvolvido junto com a prefeitura, por meio da secretaria de Educação, está proporcionado ao munícipe a chance de  uma qualificação de alto nível e também de nível internacional que atenderá uma demanda local e japonesa.

Ainda de acordo com ele, a tecnologia desenvolvida pela escola é de ponta e conta com uma estrutura de 20 baias com máquinas que são consideradas um computador de fazer solda. “Nossas máquinas são alemãs e possui alta tecnologia”, concluiu.

Para o prefeito de São Sebastião Ernane Primazzi (PSC), o progresso e o desenvolvimento da região são irreversíveis e fundamentais. No entanto, destacou,  com ele há também de se garantir a responsabilidade social.

Para isso, esclareceu o prefeito, que todas as medidas estão sendo  tomadas para minimizar o impacto de vizinhança, bem como a implantação de ações que mitiguem o impacto ambiental  causados por essas grandes obras.

“ É preciso pensar em nossa comunidade sob todos os aspectos. Proporcionando contrapartidas que possam inclui-los positivamente dentro desta nova realidade. A capacitação da população com cursos técnicos e específicos é uma das soluções para evitar o crescimento populacional e também um meio de defender os seus interesses”,  destacou o prefeito.


Esta é a primeira turma do curso de soldador industrial da cidade. A administração pretende dar continuidade e expandir para outros bairros o projeto.

Fonte: PMSS

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