Em reunião realizada na semana passada com representantes das associações de pescadores de Caraguatatuba, ficou decidido que, neste ano, as tradicionais festas da Tainha e Camarão e o retorno do Festival do Mexilhão, não serão realizados. O motivo é a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
A Prefeitura de Caraguatatuba, por meio da Secretaria de Turismo, esteve com representantes da Associação dos Pescadores Artesanais da Zona Sul de Caraguatatuba (Assopazca), da Associação dos Pescadores da Praia do Camaroeiro e Associação dos Pescadores e Maricultores da Praia da Cocanha, onde foi apresentada a possibilidade de fazer os Festivais do Camarão, da Tainha e do Mexilhão, tradicionalmente realizados em junho, julho e dezembro em formato delivery.
Entretanto, a categoria entendeu que este não é o momento e que por serem eventos grandes, com pratos grande, não seria viável a forma delivery e, muito mesmo o drive thru. O interessante destes eventos é ver a família dos pescadores fazendo o prato especialmente para um público grande que gosta de comer no local.
A secretária de Turismo, Maria Fernanda Galter Reis, explica que como até o momento os locais públicos não podem receber aglomeração de público, a ideia inicial foi propor o delivery. “Mas para os representantes, a medida é inviável, primeiro pela preocupação com a doença (Covid-19) até mesmo para eles que teriam de trabalhar com várias pessoas e também pela logística não ser adequada para esse tipo de evento”.
Essa é a opinião do Vinicius Ezequiel dos Santos, presidente da Assopazca, que conversou com os participantes da Festa da Tainha e eles se mostraram receosos com o evento. “Os custos para uma festa desse porte são altos e não sabemos como seria a aceitação até pela população”, justifica.
Para José Luiz Alves, representante da Associação dos Pescadores e Maricultores da Praia da Cocanha, como estão há tempo sem realizar o Festival do Mexilhão, tradicionalmente na Massaguaçu, este ano iriam participar da Festa da Tainha e do Festival do Camarão.
“Mas eles estão preocupados com a situação e o ideal para nós seria que a festa fosse a partir de novembro. Mas com toda essa insegurança por causa da Covid, vamos esperar o próximo ano”.
Já o Festival do Camarão, que teria sua 23ª edição este ano e somente no ano passado reuniu mais de 100 mil pessoas, a preocupação com a saúde e os custos também foram fatores preponderantes para optarem pelo cancelamento da festa neste ano.
O presidente da entidade, Nilo Rolim do Amaral, o Nilo Cabeça, confirmou que devido à situação de pandemia que reina no mundo todo, a opção foi pelo adiamento ou até mesmo o cancelamento da festa. “Obrigada prefeito Aguilar Junior pela dedicação para conosco”, disse ao justificar a ausência à Prefeitura e à Fundação Educacional e Cultural de Caraguatatuba (Fundacc), organizadoras da festa junto com a Associação.
PMC
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