Prefeitura desembarga área da Petrobras no Itatinga após
emissão de licença pela Cetesb
Depois de quase um mês, o local foi desembargado depois que
a Cetesb emitiu a licença para as atividades
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) emitiu
licença na semana passada para que as obras de descontaminação de um terreno da
Petrobras pudessem ter continuidade. Com a apresentação desse documento e o
cumprimento de mais algumas exigências, a Prefeitura de São Sebastião
desembargou a área e permitiu que os trabalhos de limpeza da área fossem
retomados pela empresa Estre Ambiental.
As secretarias municipais de Saúde e Meio Ambiente,
respectivamente, interditaram e embargaram a área há cerca de um mês, por conta
de encontrarem irregularidades após reclamações de moradores. O motivo na
ocasião, além da falta de licença e apresentação de alguns documentos, foi a
suspeita da emissão de benzeno no local, que podem gerar vários problemas à
saúde da população do entorno e trabalhadores da obra.
Segundo o secretário de Meio Ambiente, Eduardo Hipólito,
essa área contaminada é um problema sério enfrentado pela comunidade do
Itatinga há anos. O terreno foi utilizado pela Petrobras na década de 70 para
jogar resíduos de óleo e derivados. O espaço acabou aterrado e com o tempo deu
espaço a residências. Esse material começou a trazer transtornos a esses
moradores, pois o óleo ‘brotava’ nos terrenos e causava problemas à saúde.
Com a situação comprovada, a Petrobras assinou um Termo de
Ajustamento de Conduta (TAC), junto ao Ministério Público e Prefeitura de São
Sebastião. Com ele, as pessoas que moravam nesse local foram retiradas,
indenizadas e as casas demolidas. A última fase desse processo seria a
descontaminação do solo, a partir da escavação e retirada da terra contaminada,
com o posterior aterramento.
Apesar disso, a forma como esse sistema vem sendo realizado
novamente trouxe problemas à comunidade local, o que levou a prefeitura a agir.
As escavações geraram um forte odor em toda a região. Diversos moradores
alegaram problemas com a saúde decorrentes disso. A suspeita era de que o
benzeno seria o gás gerado no local e causador das complicações no quadro
clínico de algumas pessoas.
“A Cetesb aprovou o plano de remediação apresentado pela
Petrobras, que com isso passou a ter a responsabilidade pelo local. As
reclamações de moradores continuam, mas nós vamos continuar com o monitoramento
e intervir, caso seja preciso novamente”, completou Eduardo Hipólito.
Fonte: PMSS
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