terça-feira, junho 30, 2009

Poesia
Saem os vencedores de sarau literário


O pátio da secretaria de Cultura e Turismo (Sectur) de São Sebastião foi palco na noite da última sexta-feira, dia 26, da final do 26º Concurso "Nhô Bento", que avaliou e escolheu cinco poesias vencedoras dentre 15 finalistas pré-selecionadas.

A abertura do evento foi feita pelo professor Geraldo Debuta, que agradeceu a participação de todos, além de reforçar a vontade de que o concurso nunca pare. "Ano passado ele não foi realizado, mas vamos fazer de tudo para resgatá-lo, afinal, são 26 edições".

A secretária de cultura e turismo, Marianita Bueno, também fez suas considerações. "Estou muito feliz. É a primeira vez que acompanho a final deste concurso e é uma surpresa saber que São Sebastião ainda tem poetas e amantes da poesia".

As 15 poesias finalistas, que estavam expostas por todo o pátio, foram declamadas por seus autores ou por intérpretes escolhidos por eles. Ao final das declamações, houve a apresentação do Coral Municipal Maestro Sinésio Pinheiro, enquanto as pontuações eram apuradas.

O júri era formado pela advogada Maura Silva, que possui mais de 30 premiações em poesias e é representante de São Sebastião na fase regional do Mapa Cultural Paulista. Além dela, o professor de arte Emanuel Araújo, coordenador das oficinas culturais da Sectur, a professora Débora Moura, escritora de mais de 200 obras; e a professora Nilma Barbosa, supervisora educacional da secretaria municipal da Educação.

Foram levados em conta a criatividade, o ritmo e a métrica das poesias. Os cinco melhores autores foram premiados em igual condição com dois livros cada; um da fotógrafa Nícia Guerreiro e outro do projeto 'São Sebastião tem alma'.

A secretária Marianita finalizou o evento com boas expectativas: "espero que na próxima edição tenhamos mais inscritos ainda, para que o concurso possa crescer a cada ano", completou.

Poesias vencedoras do 26º Concurso "Nhô Bento":

  • "Um anjinho é você", de Eloísa Fernanda Santana de Oliveira
  • "Rumo", de Fernando Godoy Moreira Fernandes
  • "Levando a vida", de Francisca Gonzalez Lázaro
  • "Batom", de Gerson Claudio Fukner Rosa
  • "Há tempos", de Vânia Aparecida Bazatto

Fonte: PMSS

quinta-feira, junho 25, 2009

Diploma
Desabafo de uma jornalista profissional diplomada

Quando escolhi fazer jornalismo, estava numa aula de história, no antigo 3º colegial, gozando de um passeio à Ilha de Búzios, que integra o arquipélago de Ilhabela, prêmio conquistado por uma redação que escrevi. No entanto, desde que entrei no colégio, já na antiga 2ª série, meus professores falavam do meu dom de escrever, de me expressar, de colocar meus pontos de vista, sugeriam que eu fizesse jornalismo.

Eu fiz. Não somente porque me sugeriram, mas também por saber dentro de mim que essa era a minha vocação aqui na Terra. Poderia exercer esse dom de várias maneiras, dar minha colaboração como articulista nos jornais locais, opinar sobre esse ou aquele assunto, dar “pitaco” naquela ou nessa situação, exercer a LIBERDADE DE EXPRESSÃO a que todos têm direito assegurado pela Constituição. No entanto, para ser JORNALISTA, eu precisava de uma formação, não bastava apenas sentar na cadeira e expor meus pensamentos num papel, até porque, na faculdade, eu aprendi que o exercício jornalístico é muito mais do que uma atividade literária, é necessário escrever com técnicas. Aprendi que o jornalista deve ser imparcial, contar os fatos, ouvir os dois lados, para que os leitores, ouvintes, telespectadores, tenham acesso à informação de qualidade e formem sua própria opinião diante do fato exposto.

Sim, prestei vestibular, passei na primeira chamada, mesmo contrariando muitas expectativas por ter cursado escolas públicas. Saí de Ilhabela aos 18 anos e fui enfrentar uma “cidade grande” sozinha, fui absorver todo o conhecimento que era capaz e crescer diante da vida. Não poderia ter feito isso sem a ajuda dos meus pais. Com muitas dificuldades eles custearam meus estudos, eu trabalhei durante os quatro anos pra pagar minha estadia. Recorri à bolsa de estudos da Prefeitura para conseguir permanecer nessa jornada, contei com a ajuda de amigos especiais que por diversas ocasiões me ajudaram financeiramente e até mesmo com alimentação quando a grana estava muito curta.

Por quatro anos me instruí para ser uma profissional de qualidade. Minha vocação? Ajudou e muito, principalmente a paixão que tenho pela minha área, pois aliada ao conhecimento que adquiri no curso de Jornalismo, são responsáveis por eu estar atuando na área desde que me formei, pois me tornei uma profissional competente e dedicada.

Assim como eu, existem milhares de outras pessoas com histórias até mais interessantes e difíceis do que a minha, pessoas que cursaram universidades públicas, mas que tiveram custos com livros, roupa, calçado, alimentação e hospedagem, pessoas que viajam diariamente por essas estradas da vida em busca de formação profissional, pessoas que não cursaram universidade porque nasceram bem antes de 1969, quando o curso de Jornalismo foi regulamentado, mas que hoje defendem a formação para o exercício da profissão.

Existem pessoas que tanto quanto eu acreditam que o Jornalismo é uma carreira tão importante como a de um médico, advogado, professor, como qualquer outra, que para ser exercida é necessária uma formação técnica.

Mas tudo isso não teve valor para os senhores ministros do Supremo Tribunal Federal, que com toda empáfia e poder que lhes foram atribuídos suspenderam a exigência do nosso Diploma para o exercício da nossa profissão. Ignoraram 40 anos de história, de lutas, de investimentos, de estudo, de informação de qualidade em função de uma minoria que insiste em atuar no mercado sem ter a qualificação necessária para fazê-lo.

A ridícula decisão do STF só beneficia o grupo patronal, os donos de empresa, que querem mão-de-obra barata. A quem devo recorrer para ressarcir todo o investimento em minha formação já que meu Diploma não vale mais nada?

Toda a formação a que esses ministros se dedicaram para chegar onde estão também foi ignorada com essa decisão esdrúxula, pois se na visão deles, o jornalismo é uma atividade autodidata, todas as profissões também o são, ora, pois na verdade o ser humano é autodidata.
Dessa forma, se meu diploma não vale mais nada, vou me dedicar a estudar livros e mais livros de advocacia e exercer o direito por aí. Ou quem sabe medicina? Ou ainda odontologia? Qualquer outra carreira do tipo. Basta acordar com vontade de exercer uma nova profissão e me dedicar a tal.

É assim que deveriam funcionar as coisas a partir de agora. O curso de jornalista não impede que profissionais incompetentes façam coisas que desabonem nossa atuação? No direito, na medicina, na educação, em todas as áreas também existem maus profissionais. A formação profissional é condição mínima para exercer qualquer função especializada e o bom desempenho dependerá do caráter e da personalidade de cada um.

Alguém já perguntou para a sociedade se eles preferem ter acesso a informação através de um profissional qualificado ou de um precário? A situação é inconcebível e a própria sociedade não deveria fechar os olhos para isso. Está mais do que na hora de levantar o “traseiro” da cadeira e exigir informação de qualidade, vinda de profissionais competentes e qualificados para tal.

E aos demais profissionais de outras áreas, atenção, pois o golpe contra os jornalistas profissionais diplomados pode ser apenas o primeiro passo para atingir as demais carreiras. Um profissional precário é muito mais barato e manipulável do que um qualificado e com formação.

Não pensem os senhores ministros que me dou por vencida. Eu e todos os meus colegas diplomados desse país. Apesar de tudo, sabemos que o conhecimento que adquirimos na universidade ninguém tira e isto aliado à nossa vocação e experiência de vida faz e continuará fazendo a diferença entre um bom jornalista e um jornalista precário. Eu creio!

Leninha Viana
Jornalista MTB 43.079/SP

sábado, junho 20, 2009

Sarau
26º Concurso de Poesias "Nhô Bento" apresenta as obras classificadas

Quinze obras já estão classificadas para o 26º Concurso de Poesias "Nhô Bento", promovido pela Prefeitura, através da Sectur (Secretaria de Cultura e Turismo) de São Sebastião. O evento contou com a participação de dezenas de poetas e poetisas do Litoral Norte e do Cone Leste Paulista, sem limite de idade.


Os trabalhos serão apresentados pelo próprio autor ou intérprete de sua escolha, no pátio da Sectur no dia 26 de junho, a partir das 20h30 durante sarau literário aberto ao público.

O corpo de jurados será formado por professores de literatura e teatro. Além da premiação destinada aos cinco vencedores, haverá entrega de certificado de participação às 15 melhores obras, bem como a outorga da placa de honra ao mérito "Professor Dr. José Machado Rosa", ao melhor intérprete.

O concurso leva o nome de "Nhô Bento" em homenagem ao poeta sebastianense nascido em 1902, no bairro Pontal da Cruz e que ainda jovem foi para São Paulo. Seu livro "Rosário do Capiá", reunindo 58 poesias, foi um dos grandes trabalhos do autor, sendo editado em 1946, com prefácio de Monteiro Lobato. A referida obra procura resgatar o tempo dos senhores de engenho, das sinhazinhas, dos ricos comerciantes e dos jovens que freqüentavam saraus literários, onde se declamava poesia e boa música (de cravo e violino).

Entre as obras classificadas estão:

  • - "Anos" - Adriana Teresa Romão
  • - "Liberdade" - Alessandra Pereira Arruda
  • - "Flamboyants" - Annie Mello de Aguiar
  • - "Extremos" - Dirceia Arruda de Oliveira
  • - "Um anjinho é você" - Eloísa Fernanda Santana de Oliveira
  • - "O canal não separa - une" - Fernando Antonio Braga de Siqueira
  • - "Rumo" - Fernando Godoy Moreira Fernandes
  • - "Levando a vida" - Francisca Gonzalez Lázaro
  • -"Batom" - Gerson Claudio Fukner Rosa
  • - "Mensagem" - Gersoní Maria Cerqueira
  • - "Fênix" - Juciara Ramira dos Santos
  • - "São Sebastião...Seu Tião" - Ketley Fonseca Cardoso
  • - "Caiçalania" - Mauro Pereira de Araújo
  • - "O x da questão" - Paulo Henrique dos Santos
  • - "Há tempos" - Vânia Aparecida Baz

Fonte: PMSS

terça-feira, junho 09, 2009

Festival
Caraguatatuba realiza Festival do Camarão


O 12º Festival do Camarão será no feriado de Corpus Christi. A abertura oficial está marcada para as 17h30 do dia 10, quarta-feira, com a procissão que sai da capela de São Pedro e segue para o Camaroeiro.


O tradicional Festival do Camarão em Caraguá, também terá gostinho de solidariedade esse ano. Em parceria com o Fundo Social de Solidariedade, a Fundação Educacional e Cultural de Caraguá irá comercializar tigela personalizada do evento. A renda será revertida para a Campanha do Agasalho 2009.

A tigela, que pode ser adquirida a partir esta semana no próprio camaroeiro e em pontos de venda parceiros da Fundação. O valor é R$ 15 e dá direito a uma ‘abastecida’ de delicioso bobó de camarão ou doce de abóbora. Com o dinheiro, o Fundo de Solidariedade irá adquirir 455 cobertores, que aquecerão o frio das famílias mais pobres nesse inverno.Ao todo serão vendidas 360 tigelas.

A presidente do Fundo, Eloiza Antunes, que também está à frente da Fundacc, explica que tanto a abóbora, quanto a mandioca para os quitutes, vieram de doações. “Esperamos multiplicar esse espírito solidário nas pessoas de uma forma saborosa”, comentou. O evento vai até dia 14.

Fonte: PMC

XVII Semana da Consciência Negra: Prefeitura de Ilhabela divulga extensa programação cultural com intervenções, oficinas e shows musicais

  A Prefeitura de Ilhabela promove, a partir da próxima segunda-feira (18), a XVII Semana da Consciência Negra com uma programação cultural ...